Talvez você tenha se feito essa pergunta enquanto olhava para aquele cantinho vazio da casa ou do pátio, os pertences dele ainda estão ali, o barulho das patinhas parece ecoar pela memória. Mas a ausência... essa toma conta.
Alguém pode até ter te dito:
"Era só um cachorro"
"Compra outro e passa"
"Tem que superar!"
"Você está assim por um gato?"
Mas o que ninguém fala é que a rotina nunca mais será a mesma.
Não era só um animal.
Era companhia nas madrugadas difíceis, nos dias bons e ruins, era um ser que te entendia só com o olhar, que te esperava na porta, todos os dias.
Luto por pet existe. E dói muito.
A dor de perder um animal de estimação é verdadeira, mesmo que muitas pessoas não entendam.
O luto por pet é um luto não reconhecido: a sociedade raramente legitima essa dor.
Não existe licença no trabalho, não existem rituais socialmente aceitos.
Por isso, muitos se sentem inadequados por ainda estarem sofrendo dias, semanas, até meses depois.
Como psicóloga, eu te afirmo com clareza: você está vivendo as consequências de um vínculo afetivo profundo. A falta de conhecimento faz alguns acreditarem que é "exagero", mas não é.
Porque não se trata só da perda de um ser.
Trata-se da quebra de vínculo e rotina, um elo silencioso que ocupava espaço no seu dia a dia.
E muitas vezes, a despedida acontece sem preparação.
Você sente culpa por não ter feito mais ou vergonha de estar triste demais.
E quando esses sentimentos ficam guardados, travados, podem tornar esse processo do luto ainda mais difícil.
Não se culpe por sentir, não se cobre por "superar rápido".
Falar sobre a perda não faz você esquecer do seu pet, faz você ressignificar tudo que viveram juntos.
Se quiser, podemos conversar de forma privada sobre a sua vivência, sem julgamentos, com acolhimento e técnicas terapêuticas que realmente funcionam.
Meu WhatsApp e e-mail estão disponíveis nos contatos.
Elizabeth Hernandez.
Psicóloga | CRP 07/23235